A advogada sem NoçãoO
💭 Mais uma Observação Ácida da minha Vida...
Aí vai mais uma observação ácida da minha vida — mais uma prova de que não importa a profissão: quando a pessoa só enxerga o próprio umbigo, o “dane-se o próximo” fala mais alto.
Fui demitida sem justa causa de uma empresa e, através da terapia (que ainda faço e recomendo — todos deveriam fazer!), recebi indicação da minha psicóloga sobre uma advogada.
Movi uma ação contra a empresa, ganhei o processo, e tudo certo.
Recebi o primeiro repasse, e ainda restavam algumas parcelas. Até aí, tranquilo.
Só que surgiu a oportunidade de comprar uma casa, e — como gosto das coisas feitas direitinho (sim, sou insuportável com isso) — procurei a mesma advogada para me orientar.
Não pedi favor, só orientação. Ela deixou claro, várias vezes, que por eu já ser cliente do escritório, não cobraria a consulta.
Repetiu isso tantas vezes que até achei exagero.
Agradeci, paguei apenas a taxa pra puxar a matrícula do imóvel, e pronto.
Depois de estudar o caso, ela me ligou. Ficamos um bom tempo ao telefone e, lá pelo fim da conversa, veio o que realmente importava pra ela — o valor.
Justo, ninguém trabalha de graça.
Como eu realmente tinha interesse em comprar o imóvel, fiz um pix de mil reais, o valor que ela havia informado (e que, segundo ela mesma, era bem abaixo da tabela de mercado — TENHO PROVAS DISSO).
Ela reforçou que era um “desconto por eu já ser cliente”.
Fiz o pagamento numa terça à noite, e… na quarta-feira seguinte (sim, menos de 24h depois), os vendedores desistiram da venda.
Avisei a advogada imediatamente. Ela respondeu com tranquilidade, disse que entendia e que devolveria o valor integral, já que não chegou a realizar o serviço. Afinal, em 24h, o máximo que ela fez foi estudar o caso — o que, convenhamos, pode servir pra futuras situações.
Mas aí veio o plot twist.
Na sexta-feira, dia do repasse do processo da empresa, ela simplesmente não me avisou que o valor tinha caído e não fez o repasse pra mim.
Esperei, claro. Sou do tipo que não gosta de cobrar o óbvio — cada um sabe de suas obrigações, certo?
Os dias passaram e nada. Quando questionei, ela disse que usa o dinheiro que entra pra organizar as contas e que “assim que pudesse, resolveria”.
Fui compreensiva. Disse que tudo bem, que aguardaria um pouco — graças a Deus, minhas contas estavam pagas naquele mês (set/25).
Mas já chegando perto da terceira parcela, perguntei de novo.
Ela me mandou um print dizendo que só teria dinheiro após o dia 10/11.
Oi???
E o meu repasse deste mês?
Resumindo: depois de muita conversa, ela me enviou o repasse, mas com direito a alfinetadas — disse que eu a atrapalhei, que ela não me cobrou a consulta (ah, a velha ladainha), e que eu não devia reclamar.
Pera lá. Vamos revisar os fatos?
📌 Pontos importantes:
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Ela repetiu várias vezes que não cobraria a consulta, justamente por eu já ser cliente do escritório.
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Eu cancelei o serviço em menos de 24 horas. Como exatamente eu a prejudiquei?
(Detalhe: ela contou com os R$ 5.000 do negócio que nem aconteceu! Como se diz por aí — não dá pra contar com o ovo no c# da galinha, né gente?) -
Me jogar na cara que estudou o caso “de graça”? Ora, me agradeça: agora está mais preparada pra atender futuros clientes com situações parecidas!
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Ela me penalizou pela desistência dos vendedores — como se eu tivesse culpa.
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E o melhor: quando combinamos os repasses da empresa, eu ainda disse que ela poderia ficar com os maiores pra quitar logo os 30% dela. Enquanto eu era compreensiva, estava tudo ótimo.
Mas bastou eu cobrar o que é meu por direito e virei a vilã da história.
Agora ela resolveu cobrar as consultas (que antes eram “por conta da casa”), e sabe o que eu disse?
Pra cobrar, ué. Só que depois dessas alfinetadas desnecessárias, não vou pagar — e com gosto.
No fim das contas, mais uma vez, a lição se repete:
não dá pra confiar em ninguém.
Atenciosamente,
A Observadora Ácida
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